As 3 Fases do Leite Materno

por Marcelle Prado

Você sabia que o leite materno possui fases?

Acho que um dos meus maiores questionamentos de quando descobri que estava grávida foi sobre a amamentação. Tinha medo de como seria esse processo, se seria dolorido, se teria leite suficiente, se o peito iria rachar, etc.

E pra acalmar meu coração de mãe de primeira viagem fui fazer cursos e buscar informações. Justamente durante essas pesquisas, descobri que o leite materno possui fases. Isso mesmo, fases!

Lembro que quando descobri isso dei boas risadas sozinha, comparando mentalmente as fases do meu leite com as prateleiras de supermercado com leite desnatado, leite semi-desnatado, leite integral… Mas brincadeiras à parte, vamos às fases do leite:

Primeira fase: O Colostro


Esse é o primeiro leite produzido pela mãe. Melhor dizendo, a primeira secreção que o corpo da mãe produz entre o 1° e o 5° dia após o parto.

É uma secreção amarelada ou transparente com alta concentração de proteína e imunoglobulinas. Por esse motivo, o colostro é tido como a primeira vacina do bebê.

Segunda fase: O Leite de transição

Nessa fase, que vai do 6° ao 15° dia pós-parto, o leite começa a mudar a sua composição, se tornando mais rico em gordura e nutrientes que contribuem para o crescimento e desenvolvimento do bebê.

É também nessa fase que a quantidade de leite produzida pela mãe começa a aumentar.

 

Terceira fase: O Leite maduro

A partir do 15° dia em diante a mãe passa a produzir o leite maduro. Essa é a fonte exclusiva de alimento que o seu bebê precisa até os 6 meses de vida. Esse leite contém todos os nutrientes necessários para o perfeito desenvolvimento do bebê.

É importante lembrar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o aleitamento exclusivo nos 6 primeiros meses de vida, podendo ser prolongado até os 2 anos ou mais.


Agora que você chegou até aqui e já entendeu as fases do leite, eu vou te apresentar a dois novos conceitos que vão te AJUDAR muito na hora de AMAMENTAR o seu pequeno.

O conceito de leite anterior e leite posterior

Há quem diga que o leite anterior seja um leite de hidratação, rico em água. E o leite posterior, seja o leite gordo, rico em gordura. E o que muitos acreditavam até pouco tempo era que primeiro o bebê precisava mamar todo o leite anterior para depois chegar no leite posterior.

Mas o que na verdade acontece é que quando o bebê começa a mamar o corpo libera impulsos elétricos que chegam ao cérebro, na hipófise ANTERIOR, o que gera um estímulo para que a prolactina seja secretada. No átomo de segundo em que isso acontece, a mama é estimulada a produzir leite.

Depois de um tempo que o bebê está ao peito estimulando a mama, o corpo libera outro impulso elétrico, dessa vez para hipófise POSTERIOR que passa a liberar a ocitocina. E é esse hormônio que libera o leite materno.

Então, à medida em que o bebê vai mamando e os reflexos vão acontecendo, toda a gordura aderida aos alvéolos da mama vão se desprendendo e se incorporando ao leite o que ao longo da mamada gera o que chamam de leite posterior.

Outro ponto importante: os mesmos estímulos que estão acontecendo no seio que está sendo ofertado para bebê também está acontecendo no outro. Dessa forma, ao passar o bebê para o outro peito é possível que o bebê já receba esse leite rico em gordura.

O mesmo pode acontecer com a próxima mamada. Se o seu filho mamou apenas um peito na mamada anterior e irá começar a nova mamada no outro peito, é bem possível que ele já receba esse leite posterior logo nas primeiras sugadas.

Eliminada essa dúvida vem a dúvida sobre o tempo que o bebê deve permanecer mamando em cada seio. Para saber mais, leia este post sobre o assunto.

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