Diabetes gestacional: um risco para a saúde da mãe e bebê. 

por Marcelle Prado

A diabetes gestacional acontece quando o corpo não consegue produzir insulina suficiente durante a gravidez. Esse hormônio, produzido pelo pâncreas, atua como uma chave para permitir que o açúcar do sangue entre nas células do corpo para ser utilizado como uma fonte de energia.

Essa condição, que acontece durante a gestação, ocorre devido ao aumento na produção de hormônios e as inúmeras mudanças em nosso corpo, que fazem com que as células usem a insulina de forma menos eficaz, criando uma resistência a esse hormônio.  

Alguns fatores de risco podem aumentar as chances de desenvolver a diabetes gestacional! Entre eles estão:

  • Idade (35 ou mais);
  • Sobrepeso ou obesidade;
  • Histórico familiar de diabetes;
  • Pré-diabetes;
  • Gravidez de gêmeos;
  • Síndrome dos ovários policísticos (SOP);  
  • Polidrâmnio (líquido amniótico excessivo);
  • Hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual;
  • Más formações;

A diabetes gestacional não causa nenhum sinal ou sintoma, sendo geralmente descoberta ao realizar exames de rotina, como a medição da glicose, por exemplo. Mas, quando os sintomas aparecem, os mais comuns são

  • Cansaço excessivo;
  • Ganho excessivo de peso na gestante ou no bebê;
  • Aumento do apetite;
  • Vontade frequente de urinar;
  • Boca seca;
  • Visão turva;
  • Sede excessiva;
  • Náuseas. 

Apesar da ausência de sintomas na maioria dos casos, essa doença apresenta riscos para a mãe e o bebê! Para a mãe, os riscos incluem um aumento nas chances de aborto, pré-eclâmpsia, parto prematuro e diabetes no futuro.

para o bebê, a exposição a níveis elevados de glicemia e insulina podem levar a ganho de peso em excesso, crescimento desproporcional de alguns órgãos e risco de hipoglicemia nos primeiros dias de vida, uma condição que pode causar diversos sintomas graves, como convulsão, coma, lesão neurológica permanente e morte. 

Além disso, existe uma predisposição maior para obesidade, síndrome metabólica e diabetes na infância e vida adulta. 

  • Como é feito o diagnóstico?

Como eu disse antes, a diabetes gestacional é descoberta durante exames de rotina e normalmente é descoberta no segundo ou terceiro trimestre da gestação. 

Durante a primeira consulta do pré-natal, o médico deve dosar a glicemia da gestante. Os valores que indicam complicações são:

  • Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL ou HbA1c ≥ 6,5%: provável diagnóstico de Diabetes Mellitus prévio a gestação;
  • Glicemia de jejum entre 92 mg/dL e 125 mg/dL: provável diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional. 

É realizado também o teste de curva de glicemia entre 24 e 28 semanas de gestação. Quando alterados, os resultados indicam diabetes gestacional. Os parâmetros são:

  • Glicemia em jejum ≥ 92 mg/dL;
  • Glicemia 1 hora após sobrecarga ≥ 180 mg/dL;
  • Glicemia 2 horas após sobrecarga ≥ 153 mg

O tratamento dessa doença é feito principalmente com uma dieta equilibrada, atividade física frequente e medicamentos, como a insulina subcutânea. Algumas dicas alimentares que podem ajudar a lidar com diabetes gestacional são:

  • Reduzir o consumo de açúcar e farinha branca;
  • Dar preferência a carboidratos integrais;
  • Priorizar o consumo de alimentos ricos em fibras;
  • Se atentar ao consumo de tubérculos e amido;
  • Consumir mais proteínas;
  • Dar preferência a gorduras boas, como azeite de oliva e castanhas. 

Também é possível prevenir à diabetes gestacional através da alimentação, controle de peso e prática de atividade física regular. 

Não deixe de conferir todos os conteúdos exclusivos aqui do Bebê e Tal. Acompanhe também as novidades por meio do Instagram @bebeetal e também do meu canal no YouTube. 

Você também pode gostar

Deixe um comentário