A diabetes gestacional acontece quando o corpo não consegue produzir insulina suficiente durante a gravidez. Esse hormônio, produzido pelo pâncreas, atua como uma chave para permitir que o açúcar do sangue entre nas células do corpo para ser utilizado como uma fonte de energia.
Essa condição, que acontece durante a gestação, ocorre devido ao aumento na produção de hormônios e as inúmeras mudanças em nosso corpo, que fazem com que as células usem a insulina de forma menos eficaz, criando uma resistência a esse hormônio.
Alguns fatores de risco podem aumentar as chances de desenvolver a diabetes gestacional! Entre eles estão:
- Idade (35 ou mais);
- Sobrepeso ou obesidade;
- Histórico familiar de diabetes;
- Pré-diabetes;
- Gravidez de gêmeos;
- Síndrome dos ovários policísticos (SOP);
- Polidrâmnio (líquido amniótico excessivo);
- Hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual;
- Más formações;
A diabetes gestacional não causa nenhum sinal ou sintoma, sendo geralmente descoberta ao realizar exames de rotina, como a medição da glicose, por exemplo. Mas, quando os sintomas aparecem, os mais comuns são:
- Cansaço excessivo;
- Ganho excessivo de peso na gestante ou no bebê;
- Aumento do apetite;
- Vontade frequente de urinar;
- Boca seca;
- Visão turva;
- Sede excessiva;
- Náuseas.
Apesar da ausência de sintomas na maioria dos casos, essa doença apresenta riscos para a mãe e o bebê! Para a mãe, os riscos incluem um aumento nas chances de aborto, pré-eclâmpsia, parto prematuro e diabetes no futuro.
Já para o bebê, a exposição a níveis elevados de glicemia e insulina podem levar a ganho de peso em excesso, crescimento desproporcional de alguns órgãos e risco de hipoglicemia nos primeiros dias de vida, uma condição que pode causar diversos sintomas graves, como convulsão, coma, lesão neurológica permanente e morte.
Além disso, existe uma predisposição maior para obesidade, síndrome metabólica e diabetes na infância e vida adulta.
- Como é feito o diagnóstico?
Como eu disse antes, a diabetes gestacional é descoberta durante exames de rotina e normalmente é descoberta no segundo ou terceiro trimestre da gestação.
Durante a primeira consulta do pré-natal, o médico deve dosar a glicemia da gestante. Os valores que indicam complicações são:
- Glicemia em jejum ≥ 126 mg/dL ou HbA1c ≥ 6,5%: provável diagnóstico de Diabetes Mellitus prévio a gestação;
- Glicemia de jejum entre 92 mg/dL e 125 mg/dL: provável diagnóstico de Diabetes Mellitus Gestacional.
É realizado também o teste de curva de glicemia entre 24 e 28 semanas de gestação. Quando alterados, os resultados indicam diabetes gestacional. Os parâmetros são:
- Glicemia em jejum ≥ 92 mg/dL;
- Glicemia 1 hora após sobrecarga ≥ 180 mg/dL;
- Glicemia 2 horas após sobrecarga ≥ 153 mg
O tratamento dessa doença é feito principalmente com uma dieta equilibrada, atividade física frequente e medicamentos, como a insulina subcutânea. Algumas dicas alimentares que podem ajudar a lidar com diabetes gestacional são:
- Reduzir o consumo de açúcar e farinha branca;
- Dar preferência a carboidratos integrais;
- Priorizar o consumo de alimentos ricos em fibras;
- Se atentar ao consumo de tubérculos e amido;
- Consumir mais proteínas;
- Dar preferência a gorduras boas, como azeite de oliva e castanhas.
Também é possível prevenir à diabetes gestacional através da alimentação, controle de peso e prática de atividade física regular.
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