Puerpério: o que comer e o que evitar nesta fase da maternidade?

por Marcelle Prado
O que comer no Puerpério

Se você tem dúvidas de qual a melhor dieta e em como ela pode auxiliar você nessa fase, esse texto é para você!

Mamita, para você que não está familiarizada com o termo puerpério, ele nada mais é que a tão conhecida quarentena ou resguardo. Ou seja, é o período que se inicia após o parto até a volta da menstruação, tendo duração de cerca de 45 a 60 dias.

Durante essa fase em que o organismo realiza esse processo de retornar ao estado anterior à gravidez, passamos por algumas transformações físicas, hormonais e também emocionais, sendo para muitas de nós o período mais desafiador de todo o processo da maternidade.

Além disso, podemos perceber algumas mudanças, as quais você poderá se identificar: barriga inchada, desconforto na região íntima, cólicas, mamas mais duras e incontinência urinária.


Como cuidar da alimentação nesse momento

Sobretudo nesse período, nós mamitas nos preocupamos muito com a saúde e a alimentação dos bebês, mas é extremamente importante também dar atenção especial à nossa saúde. Dessa forma, temos a imunidade e o organismo fortalecido e provemos ao nosso pequeno a melhor nutrição possível.

Por isso, quero compartilhar com vocês como podemos ajustar nossa dieta nessa fase, trazendo quais os alimentos devemos incluir, evitar ou deixar de lado. Vamos lá!

Aposte em:

  • Cereais integrais,
  • Frutas, verduras e legumes (incluindo diariamente um vegetal amarelo-alaranjado e uma fruta cítrica),
  • Fibras,
  • Proteínas (dê preferência às carnes magras),
  • Alimentos ricos em minerais como cálcio e ferro (encontrados em laticínios e na carne vermelha),
  • Alimentos ricos em gorduras saudáveis como atum, salmão, sardinha, nozes, castanhas, azeite de oliva e abacate.

Você deve também substituir os alimentos refinados por integrais, dar preferência a preparações na forma de refogados, assados, cozidos e grelhados e consumir alimentos que possuem fonte de vitamina C. Prefira sempre os alimentos naturais, livre de aditivos, corantes ou conservantes.

É essencial se manter bem hidratada bebendo no mínimo dois litros de água por dia, o que trará benefícios à saúde intestinal e auxiliará na produção de leite.

Evite:

  • Refeições pesadas,
  • Frituras,
  • Alimentos gordurosos e processados,
  • Gelatinas,
  • Consumo excessivo de adoçantes,
  • Doces (são tantos os malefícios do excesso de açúcar que eu poderia ficar um dia inteiro falando só sobre isso, mas se der vontade, apenas não exagere),
  • Alimentos industrializados (com muitos conservantes),
  • Embutidos;
  • Chás-mates e verdes, além de eliminar bebidas alcoólicas.


Falando um pouco sobre as cólicas:

É importante estar atenta pois ao consumirmos determinados alimentos, eles são transportados para o leite materno e, dessa forma, podem causar cólicas aos pequenos, já que os recém-nascidos não possuem um sistema digestivo capaz de digerir alimentos mais complexos.

Mesmo não havendo estudos conclusivos a respeito, acredita-se que algumas substâncias podem contribuir para o aparecimento de cólicas, como chocolates, café, couve, brócolis, repolho, soja, lentilha, ervilha, feijão e consumo de leite de vaca.

Vale lembrar que cada bebê pode ou não apresentar cólicas com alimentos específicos, por isso, se você notar que ao ingerir determinado alimento está causando cólicas, basta evitar o consumo.

Você que é uma mamita de primeira viagem, pode estar se perguntando quais são os sintomas que caracterizam que seu bebê está com cólica, então, vamos esclarecer esse ponto também. Os sinais mais comuns são movimentos de encolhimento das perninhas, crise de choro intenso e gases na hora do choro.

Sei que ficamos com o coração na mão e muitas vezes nos sentimos impotentes ao ver nosso bebê nessas situações de desconforto. Mas é importante lembrar que as cólicas integram o desenvolver do sistema digestivo do bebê e que não há riscos para saúde dele. Porém, procure orientação médica caso essa situação perdure após os seis meses de idade.


Fome sem fim durante o puerpério:

Outro ponto importante: na minha fase de puerpério eu sentia muita fome e isso é super normal, afinal o corpo está trabalhando a todo vapor para a produção de leite.  

Uma boa dica é: quando quiser comer, faça pequenos lanches entre as principais refeições, evitando assim consumir uma grande quantidade de comida de uma única vez, o que pode provocar mal-estar.

Funciona muito bem fracionar a alimentação em aproximadamente cinco ou seis refeições diárias, e dessa forma, você consegue manter níveis adequados de açúcares e ainda ter uma melhor assimilação dos nutrientes.


Conexão além da vida:

A amamentação é sem dúvida uma das maiores formas de conexão entre a mãe e seu bebê e sei que carregamos uma responsabilidade imensa ao sabermos que somos inteiramente responsáveis pela nutrição daquele pequenino. Mas não há

segredos: invista em uma dieta balanceada, oferecendo os nutrientes que seu filho necessita para crescer forte e bem nutrido.

E fique tranquila: após termos alta depois do parto recebemos várias informações e orientações do médico sobre como nos cuidar. Mas caso você tenha qualquer dúvida, procure um profissional de sua confiança e viva essa fase de intensa conexão com seu pequeno da maneira mais harmoniosa e prazerosa possível!

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